Mato Grosso
Secretário norte-americano visita Acrimat e pecuaristas conhecem práticas locais
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O secretário de Agricultura do Novo México (EUA), Jeff M. Witte, visitou a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), na terça-feira (13), acompanhado de uma delegação de produtores norte-americanos. O estado norte-americano tem na pecuária uma das bases de sua economia, e a visita tinha propósito de conhecer as boas práticas de criação de gado, comércio da carne, relação pecuarista e frigorífico, dados sobre o mercado e números do setor produtivo em geral.
“Essa visita também era uma ótima chance de absorver conhecimento do estado que detém um dos maiores rebanhos bovinos do mundo”, disse Witte.
O grupo foi recepcionado pela diretora executiva da instituição, Daniella Bueno, que ao lado do superintendente do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Daniel Latorraca, abriu uma série de três apresentações que mostrou aos visitantes os números do agronegócio de MT.
O secretário de Agricultura do Novo México destacou que as apresentações feitas pelo Imea, pelo Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT) e pela Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja) forma proveitosas, no sentindo que mostraram mais do que ele esperava. “Fiquei, particularmente, impressionado com o trabalho do Indea, com a preocupação que vocês têm com a qualidade da carne e com a sanidade animal”.
Jeff Witte ressaltou ainda a parceria das associações e o trabalho conjunto realizado por órgãos como Acrimat e Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). “A experiência da Integração Lavoura, Pecuária e Floresta de vocês é algo que podemos e devemos levar para nosso estado, é muito inteligente aproveitar o solo dessa forma, então eu fico feliz em ter visto algo assim, que pode nos ajudar”.
Sobre possíveis parcerias, Witte falou que a possibilidade é alta de que elas ocorram, pois o profissionalismo com que as instituições mato-grossenses atuam na defesa de seus interesses dá segurança ao estado do Novo México de pensar numa futura cooperação. “Essas coisas levam tempo para se concretizar, mas gostaríamos de levar todo esse conhecimento apresentado para nosso estado”.
Bill King, 78 anos, é pecuarista no estado estadunidense desde a década de 50, e disse que as medidas de segurança adotadas pelos órgãos responsáveis o deixaram maravilhado. “Temos muito que aprender com os órgãos de vocês, a forma como lidam para manter a sanidade do produto que é entregue para o consumidor é algo maravilhoso, não imaginava tanto cuidado, não esperava por tantas ferramentas de controle; vindo aqui, vi que tem coisas boas sendo aplicadas mundo afora, e que temos o que aprender”.
Novo México
Após o fim da segunda guerra mundial, sua economia passou a depender cada vez menos da indústria pecuária, com o turismo, a prestação de serviços financeiros, a indústria nuclear, aeroespacial e a mineração – incluindo a descoberta de reservas de carvão durante a década de 1960 – tornando-se as principais fontes de renda do Estado.
Ainda assim possui um forte setor pecuário, e rebanhos de gado ocupam a maior parte das fazendas do estado. Tem uma forte indústria de mineração, sendo um líder nacional na produção de petróleo.
Um destaque é Albuquerque, principal cidade do Novo México, que experimentou na última década um impressionante crescimento econômico, o que a transformou em um dos principais motores da economia do estado. Albuquerque liderou, na última década, a relação da revista “Forbes” de melhores cidades dos Estados Unidos para realizar negócios e desenvolver carreiras profissionais.
A cidade tem pouco mais de meio milhão de habitantes e conta com uma fonte estável de empregos graças ao sucesso de vários planos de desenvolvimento econômico.